Foi este sucesso que o levou ao conhecimento de Sofiane, uma espécie de Arsène Wenger do rap dos anos 2000, que trouxe à luz tantos talentos. É preciso dizer que RK e Fianso tinham tudo para se darem bem, a começar por um verdadeiro amor pelos pontapés rápidos e agressivos, não hesitando por vezes em gritar, como no tempo dos bons trap bangers. Depois disso, tudo se sucedeu rapidamente: uma série de freestyles com nomes de edifícios do seu bairro de Meaux, um grande centro de rap desde os anos 90. Depois veio o seu primeiro projeto, Insolent, que foi platina em poucos meses. Rapidamente se tornou claro que RK tinha começado a fazer uma mudança na sua música, colocando mais melodia nas suas vozes e mais musicalidade nos seus instrumentais, mesmo que o kickage ainda estivesse presente em algumas faixas. É uma receita vencedora, que o levou a atingir regularmente 20 milhões de visualizações nos seus vídeos. Nessa altura, em 2018, o rapper tinha apenas 16 anos e o seu sucesso era já monstruoso. Poder-se-ia pensar que o sucesso lhe tinha subido à cabeça e que teria descansado sobre os louros, mas não foi esse o caso: o seu segundo projeto chegou alguns meses depois, em abril de 2019, e chamava-se "Rêve de Gosse". Com temas como "Rédemption" e "C'est mon sang", um feito com Fianso, o prodígio está pronto para voltar a fazer sucesso e a marcar pontos. Agora é a vez do seu terceiro projeto, Neverland, que deverá ser lançado no verão de 2020.