
SCH bate forte com "JVLIVS Prequel : Giulio"
SCH está de volta com um novo álbum e, claro, é uma boa notícia para o rap francês. O rapper marselhês mais estiloso nos leva mais uma vez a visitar seu universo mafioso e na Project X Paris somos fãs! Mergulhe conosco nesse novo projeto com sabor mediterrâneo.
SCH: o rapper mais cinematográfico? É a terceira vez que o S, como é oficialmente chamado agora, nos leva numa viagem pelo lado da máfia italiana com um álbum "JVLIVS". Uma viagem musical, mas também cinematográfica, já que sua série de álbuns se inspira claramente nos filmes de mafiosos italianos como "Os Bons Companheiros", "Cassino" e muitos outros. Até nos interlúdios, narrados com maestria pela nova voz francesa de Al Pacino (a antiga faleceu em 2021). Graças às suas influências napolitanas bem digeridas (obrigado "Gomorra"), SCH continua a se impor como mestre do storytelling no rap francês.
No entanto, este álbum é o "menos mafioso" dos três "JVLIVS" lançados até agora. Pois na história fictícia que vê Julius se tornar o grande padrinho, este álbum se concentra no começo da história. Seu nascimento, mas também sua relação com a mãe, e também com o pai, que marcam especialmente o início do álbum. Mais adiante, aprenderemos um pouco mais sobre as razões que fizeram o coração de Giulio ficar tão negro, fazendo dele Julius. Através da história fantasiada da ascensão de um gangster, o S nos mostra que é o melhor em contar histórias, especialmente quando essas histórias se passam no Sul, às margens do Mediterrâneo.
Uma estética gráfica e musical SCH não é apenas o mestre das histórias, é também um craque em estética: sabe como dar cor a um álbum. Visualmente, isso se traduz nos vídeos, sejam clipes, trailers ou curtas-metragens. Pois sim, o artista nos surpreendeu mais uma vez ao revelar um pequeno filme de quase 20 minutos com ritmo acelerado e uma verdadeira atmosfera, talvez o mais bem-sucedido até agora. Os vídeos estão cheios de referências visuais à Itália e Marselha, as duas principais fontes de inspiração, até nos cenários e locais filmados.
A viagem é também culinária, com os agora famosos "Cannelloni" que ele até transformou em música, assim como um interlúdio no qual aprendemos a receita. Aliás, SCH abriu um restaurante efêmero antes do lançamento do disco, mais uma grande ideia de marketing. Evidentemente, a viagem é também musical e às vezes podemos sentir o calor mediterrâneo nas faixas como "Balafres", "Jimmy Twice", mas também a escuridão e melancolia associadas ao crime organizado, como em "Cannelloni" ou "Les hommes aux yeux noirs". Enfim, uma tela bem-sucedida do universo artístico de SCH, na linha dos dois volumes anteriores da saga "JVLIVS".
SCH a caminho do sucesso com "Giulio" Após um segundo álbum da série "JVLIVS" bastante criticado, especialmente pela presença de feats às vezes desnecessários para a história, o S parece caminhar para um novo sucesso comercial e também crítico. Pois apesar da grande diversidade de ambientes nas faixas, especialmente nas instrumentais e flows, o disco mantém uma grande coerência e os ouvintes exigentes não terão desta vez nenhuma crítica a fazer sobre isso. Para quem procura o hit do álbum, por enquanto não há necessariamente um single que se destaque, embora "Cannelloni" tenha um grande começo no Spotify. Mas o S pode muito bem fazer um disco de platina sem nenhum hit, como na época de "A7", onde as faixas não eram destinadas a ser hits, mas acabaram se tornando.
Quanto aos números, anuncia-se um sucesso. Embora não devamos ver um novo recorde de vendas, o S exibe um incrível número de 4,2 milhões de streams em seu álbum nas primeiras 24h, o que o coloca já entre os melhores lançamentos do ano. É quase certo que este álbum será certificado, provavelmente rápido, com disco de ouro e seguramente disco de platina. Difícil prever mais longe por enquanto, mas o que é certo é que este álbum será um sucesso. Ao mesmo tempo, não houve fracasso na discografia de SCH e não será com um projeto tão sólido que isso vai acontecer!