A cena urbana francesa brilhou novamente intensamente na Seine Musicale, terça-feira, 13 de maio, para a terceira edição das Flammes. Tiakola, Shay, SDM e SCH se firmaram como as figuras principais de uma cerimônia onde público e artistas vibraram em uníssono. Retrospectiva dos momentos fortes e um palmarés rico em pérolas.
Tiakola e Shay no topo
Com quatro troféus, Tiakola simplesmente dominou esta edição. O cantor, ausente devido a um seminário em Londres, levou a Flamme do artista masculino, a do melhor álbum Nova pop por BDLM VOL.1, a do música R&B com Reste-là (feat. RnBoi & Monsieur Nov), e a da melhor estratégia de lançamento. Por sua vez, Shay marcou a noite ganhando duas distinções principais: artista feminina do ano e revelação cênica. Uma dupla consagração para a ícone belga que impõe sua voz e estilo com classe.
SDM e SCH: valores seguros que mandam pesado
SDM, grande vencedor ausente, destacou-se com três Flammes: álbum rap do ano por À la vie à la mort, música do ano e featuring do ano pelo hit Dolce Camara com Booba. Do lado de Marselha, SCH brilhou com Prequel (performance rap), Stigmates (clipe do ano) e a melhor capa por JVLIVS III: Ad Finem. Uma colheita sólida que confirma seu status de headliners.
Werenoi conquista o título supremo
Nas sombras dos gigantes do rap, Werenoi fez história ao ganhar a Flamme Spotify de álbum do ano com Pyramide 2. Um projeto denso e completo que confirma a ascensão do artista na paisagem urbana. Embora discreto na cerimônia por problemas de saúde, sua ausência física não apagou sua presença musical. Essa consagração lhe abre um lugar de destaque entre os líderes da nova geração.
Revelações para ficar de olho bem de perto
As Flammes também foram trampolim para a nova geração. Theodora incendiou o palco com sua performance em Fashion Designer, levando o troféu de revelação feminina. Entre os rapazes, La Mano 1.9 conquistou a revelação masculina, impulsionado por sua vibe incisiva e buzz nos festivais futuros. Esses dois nomes merecem atenção redobrada.
Momentos fortes e homenagens emocionantes
No campo da emoção, DJ Mehdi recebeu a Flamme Éternelle, homenagem póstuma vibrante destacada por um discurso comovente de Kery James. O rapper Kaaris foi celebrado pelos seus 10 anos de Or Noir com o show do ano na Accor Arena. E, num toque militante, a Flamme do engajamento social foi atribuída ao show Solidariedade Palestina organizado por Tif e o selo Houma Sweet Houma.
Uma cena urbana que brilha além das fronteiras
Finalmente, Aya Nakamura foi premiada por seu brilho internacional, prova de que a música urbana francesa continua a exportar suas vibes pelo mundo. No mesmo ritmo, o duo Maxalaguitare & Senyaupiano conquistou a Flamme dos compositores do ano, ilustrando a importância do som nessa explosão cultural.
Com 25 categorias, uma atmosfera eletrizante e uma diversidade artística que alegra, esta edição 2025 das Flammes confirmou que o rap, o R&B e todas as expressões das culturas populares têm mais do que nunca seu lugar no topo. Que venha 2026.
