Le rap a gagné : à quel prix ? — Notre livre coup de cœur de l’année par Mehdi Maïzi
Musique
3 mín Luan

O rap venceu: a que preço? — Nosso livro favorito do ano por Mehdi Maïzi

Data de publicação: 5 de março de 2025

Editora: La Fabrique Édition

Autor: Mehdi Maïzi

O rap venceu. Ok. Mas o que ele perdeu pelo caminho?

Hoje, o rap está em toda parte. No topo do Spotify, em comerciais, nos desfiles, no coração das campanhas presidenciais. Todo mundo quer rimar, todo mundo quer rap. Mas ainda é o nosso rap? Aquele da rua, que bate onde dói?

Com O rap venceu: a que preço?, Mehdi Maïzi pressiona onde incomoda. Ele não dá lição de moral. Ele conta, decifra, questiona. E faz isso muito bem. Não é um livro sobre rap. É um livro sobre o que o rap se tornou — e sobre o que queremos que ele continue sendo.

Rap game: fora de categoria, fora do formato

“Por muito tempo, quisemos opor duas famílias do rap francês: o rap consciente e o rap bling-bling, os lyricistas e os punchliners – a crítica social ou o comercial, a poesia ou o egotrip.”

Por muito tempo, colamos etiquetas. Ou você falava dos bairros, ou falava de Rolex. Ou você era "verdadeiro", ou era "vendido". Mas a realidade é mais complexa que isso.

Hoje, um artista pode soltar uma punchline ultra egotrip num dia e lançar um som militante no outro. E isso é ótimo. Mehdi Maïzi mostra como o rap francês quebrou os moldes, e é isso que faz sua força.

Rap no modo algoritmo?

“Diante de uma indústria que incentiva os artistas a calibrar sua música segundo a lógica produtivista das plataformas de streaming…”

Tradução? Fazemos som para o algoritmo, não para os verdadeiros.

Refrões TikTok-friendly, músicas de 1min30, muito stream mas sem alma? Nem sempre. Mas o perigo está aí.

E é aí que Mehdi é esperto. Ele diz que a verdadeira política do rap não são só as letras. É a forma como ele continua a torcer as regras, hackear o sistema, permanecer imprevisível.

Boom bap, trap, drill… Não importa, desde que bata forte

O livro aborda todas as mutações musicais do rap: a energia do trap, o retorno do boom bap, o surgimento de novos flows, as produções espaciais, os estilos que se chocam.

O rap se move, e esse movimento é sua maior força.

E o streetwear nisso tudo? Estamos no meio disso!

O que Mehdi diz sobre o rap, poderíamos dizer sobre o streetwear.

Ontem mal visto, hoje ultra bankable.

Ontem em Paname, hoje em Milão.

Mas a questão permanece: como continuar verdadeiro quando você está no topo?

É por isso que nos identificamos na PXP. Porque sabemos de onde viemos. Porque criamos peças que falam com quem cresceu ouvindo Booba, SCH, Alpha Wann ou Kalash nos ouvidos. Porque, como o rap, nossa força é continuar ouvindo a rua.

Quem é Mehdi Maïzi?

Você certamente o conhece: NoFun, Rap Jeu, La Sauce, hoje à frente das playlists de rap da Apple Music. Ele apresenta "Le Code", o programa que dá voz aos verdadeiros artistas, não aos produtos marketeiros.

Mehdi é um transmissor. Um cara que ama o rap, respeita e conta melhor que ninguém.

Por que este livro é um banger?

  • Porque ele fala a você verdadeiramente
  • Porque respeita todas as facetas do rap
  • Porque lembra que rap não é streams, é cultura
  • Porque dá vontade de criar, questionar, estar no topo

Le radar