O 59º Super Bowl ofereceu um espetáculo intenso, tanto dentro como fora do campo. Os Philadelphia Eagles varreram os Kansas City Chiefs (40-22), pondo fim às esperanças de tri-campeonato de Patrick Mahomes. Jalen Hurts dominou o jogo e foi coroado MVP. No intervalo, Kendrick Lamar apresentou um espetáculo espetacular, enquanto nas bancadas, Taylor Swift foi vaiada sob o olhar zombeteiro de Donald Trump. Uma final que ficará para a história.

O Super Bowl, um evento mundial sem precedentes!

O Super Bowl é muito mais do que uma final de futebol americano. É o evento desportivo mais assistido do mundo, um espetáculo total onde o desporto, a música e os negócios se encontram. Transmitido em mais de 180 países, reúne todos os anos mais de 100 milhões de telespectadores nos Estados Unidos, um recorde absoluto.

O que o torna um fenómeno único é a sua mistura de desporto e cultura. Todos os anos, as maiores marcas investem milhões para transmitir anúncios de alguns segundos, e os maiores artistas competem para atuar no intervalo, um horário que garante visibilidade mundial.

Os Eagles em controlo, Mahomes em apuros

Este Super Bowl era esperado como uma repetição de 2023, quando os Chiefs triunfaram sobre os Eagles nos últimos segundos. Mas desta vez, Filadélfia não deu qualquer hipótese a Kansas City.

Desde o início do jogo, os Eagles impuseram o seu ritmo. Jalen Hurts abriu o marcador logo no segundo drive com um touchdown numa das suas jogadas características. Logo na primeira metade, o quarterback dos Chiefs encontrou-se encurralado, incapaz de encontrar soluções contra uma defesa implacável. Resultado ao intervalo: 24-0. Uma humilhação para uma equipa que se esperava que fizesse história com um terceiro título consecutivo.

Mahomes, habitualmente mestre do jogo, viveu um calvário absoluto. Com duas interceções, seis sacks sofridos e um ataque completamente bloqueado, teve de esperar pelo último quarto para salvar a honra. Tarde demais, o jogo já estava decidido. Jalen Hurts, por outro lado, dominou o encontro e foi logicamente nomeado MVP, com 221 jardas de passe e 72 de corrida.

Esta derrota marca um sério revés para os Chiefs, cuja dominação parece vacilar. Kansas City terá de se questionar após esta final que revelou os limites de um ataque demasiado dependente de Mahomes.

Kansas City Chiefs: o fim de uma dinastia?

Nos últimos anos, os Kansas City Chiefs impuseram a sua lei na NFL. Liderados pelo seu quarterback superstar Patrick Mahomes, eles conquistaram três Super Bowls em cinco anos, tornando-se a equipa a bater.

Desde a sua chegada em 2017, Mahomes revolucionou a posição de quarterback com um jogo espetacular, passes impossíveis e uma capacidade de reverter qualquer situação. Ao lado de Travis Kelce, tight end incontornável e verdadeira máquina de receção, ele construiu um ataque que parecia imparável.

Mas esta final revelou as falhas de uma equipa demasiado dependente do seu líder. Pressionado, intercetado duas vezes e sacado seis vezes, Mahomes nunca encontrou a solução contra a defesa dos Eagles. Esta derrota levanta uma questão urgente: terão os Chiefs atingido o seu limite?

Philadelphia Eagles: começa o reinado de Jalen Hurts?

Se os Eagles tiveram a sua vingança, foi em grande parte graças a Jalen Hurts, o seu quarterback de 25 anos, eleito MVP do jogo.

Durante muito tempo subestimado, ele conseguiu impor-se como um dos líderes mais temíveis da liga. Com 221 jardas de passe e 72 de corrida, dominou a defesa dos Chiefs e liderou perfeitamente a sua equipa para o título.

Ele não é apenas um jogador talentoso, é também um líder nato, capaz de carregar a sua equipa mesmo nos momentos difíceis. Com ele, os Eagles parecem preparados para dominar a NFL nos próximos anos.

Kendrick Lamar incendeia o intervalo com um espetáculo antológico

Como sempre, o espetáculo do intervalo era muito aguardado, e Kendrick Lamar não desiludiu. Sozinho no palco, apresentou um dos espetáculos mais marcantes dos últimos anos, prestando homenagem à cultura hip-hop e ao seu próprio percurso.

A cena abre com Samuel L. Jackson, vestido como Tio Sam, que inicia a atuação com um monólogo poderoso. Depois, Kendrick Lamar faz a sua aparição, sentado no capô de um Buick GNX, uma referência à sua infância em Compton.

Desde as primeiras notas de "Humble", o público está em êxtase. Ele continua com "DNA", rodeado de dançarinos vestidos com as cores dos Estados Unidos, antes de oferecer um final magistral com "Not Like Us", o seu último êxito explosivo.

Esta atuação marca um ponto de viragem na história do Super Bowl, confirmando que o hip-hop está agora no centro da cultura pop mundial.

Taylor Swift vaiada, Trump zombeteiro: a tribuna VIP em ebulição

Mesmo fora do campo, este Super Bowl foi marcado por momentos intensos. Taylor Swift, que veio apoiar o seu companheiro Travis Kelce, foi vaiada por parte do público quando apareceu nos ecrãs do estádio. Um momento surpreendente, que imediatamente provocou reações.

Presente nas bancadas, Donald Trumpnão perdeu a oportunidade de provocar a cantora na sua rede social Truth Social. O ex-presidente, grande adepto dos Chiefs, tinha apostado numa vitória de Kansas City e não hesitou em comentar a noite com a sua habitual ironia.

As bancadas do Caesars Superdome também estavam repletas de personalidades de todo o mundo. Entre elas, Lionel Messi, Jay-Z, Bradley Cooper e Kevin Costner. O Super Bowl confirma mais uma vez o seu estatuto de grande evento do desporto e do entretenimento, onde a atenção não se concentra apenas no campo.

Um Super Bowl 2025 que marcará a história

Este 59º Super Bowl tinha tudo para ser inesquecível. Entre a vitória esmagadora dos Eagles, o desastre de Patrick Mahomes, e um Kendrick Lamar em estado de graça, esta final reuniu desporto, cultura e espetáculo como raramente antes.

Com esta vingança perfeitamente executada, os Eagles assumem o controlo da NFL, enquanto os Chiefs têm agora de se reinventar para esperar voltar ao topo. Uma coisa é certa, a próxima temporada promete ser emocionante.